Como disse Claude Bernard, naturalista e sábio francês do século XIX, quando lhe perguntaram qual era a definição de VIDA, ele respondeu: é quimérico e ilusório definir-se vida. Em outras palavras, pode-se conceituá-la, mas jamais defini-la.
Um médico como eu, que completei 52 anos de profissão, mas nunca deixei de pensar, observar e aprender, posso dizer aos meus leitores que cheguei a algumas conclusões, mas que pretendo conservá-las até o fim: o ser humano, do ponto de vista meramente anatômico e fisiológico, é uma máquina. A alma é imortal, mas como máquina irá sempre apresentar um ponto fraco. Uns sofrerão do estômago, outros do fígado, outros dos rins, outros do sistema múscular, outros do cérebro, mas sempre existirá o ponto mais fraco, ou o “locus minoris resistentiae” dos latinos.
Não existirá corpo ou organismo perfeito ? A resposta é não. Como iremos desta para melhor? Justamente através das falhas de funcionamento do ponto fraco, na maioria das vezes. Ou não, de outras doenças ou acidentes.
Podemos dizer então que a longevidade depende do lócus ser mais ou menos importante? Claro então que um defeito no coração é pior prognóstico do que um defeito da coluna. Costumo brincar com alguns clientes e amigos dizendo: você vai morrer com isto, mas não disto.
Em suma, o que quero dizer e acredito, é que toda máquina tem um prazo de validade ou de garantia. Passado este, salve-se quem puder.
Por isso, procure viver intensamente, cabeça erguida, sempre alegre, faça o “jogo do contente”, não se queixe da vida, olhe para os mais fracos, ajude-os no que puder, o importante é a saúde, dinheiro é consequência normal do estar bem…
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